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A evolução da cerâmica no mundo.

A picareta dos arqueólogos, ao remexer entre os sedimentos que os séculos acumularam no solo do Velho Mundo, encontra com frequência fragmentos de terracota e cacos de vasos ou de ânforas cozidos em fogo. A história da cerâmica confundiu-se – em certo sentido – com a própria história da civilização: os vasos, as taças ou as ânforas são, em muitos casos, os únicos elementos sobre os quais podemos reconstruir os hábitos, a religião e até as migrações de povos já desaparecidos.

 

Do calor do sol aos fornos utilizados, atualmente, para tornar as peças mais firmes, a história da cerâmica auxiliou no cotidiano de todos os povos. Da Era Neolítica aos dias de hoje, os artistas continuam com seus dedos ágeis transformando blocos de argila e criando novas utilidades para a população.

 

A cerâmica, tanto de uso comum como artístico, é produzida hoje por toda parte, seja em grandes estabelecimentos ou por pequenos artesãos. Os sistemas são fundamentalmente os mesmos, mas é inegável que a experiência técnica adquiriu tamanha perfeição que permite resultados extraordinários.

 

Com exceção da fabricação de tijolos e telhas (comumente utilizadas na construção desde a Antiguidade na Mesopotâmia), desde muito cedo a produção cerâmica dá importância fundamental à estética, já que seu produto, na maioria das vezes, se destinava ao comércio. No Mediterrâneo, um trabalhador desconhecido inventou o aparelho que permitia fazer vasos perfeitos, de superfície lisa e espessura uniforme, num tempo relativamente breve. Esta roda de madeira movida por um pedal foi criada aproximadamente em 2.000 AC.

 

Com a prosperidade da cerâmica, cada povo descobriu seu estilo próprio e, com isso, surgiram novas técnicas. Foi assim que os artífices chineses, desde a metade do terceiro milênio AC, criaram objetos de design, pintados e esmaltados. Foram justamente eles os primeiros a usar, a partir do segundo século antes da nossa era, um finíssimo pó branco, o caulim, que permite fabricar vasos translúcidos e leves. Nasce, então, a porcelana.

 

A difusão da porcelana não foi notável antes do século XVIII. Com a utilização da porcelana, a cerâmica alcançou níveis elevados de sofisticação. Na China, a porcelana desenvolveu-se, dando origem a produtos de decoração e utilização à mesa. Também na Itália existia um florescente artesanato: os etruscos, em meados do segundo milênio AC, já fabricavam vasos esmaltados de grande qualidade. Cerâmicas etruscas ornamentavam, além das gregas e persas, as mansões dos patrícios romanos: as formas bizarras, os esmaltes vivos e brilhantes, os vagos desenhos ornamentais.

 

Na Itália, os ceramistas continuaram a trabalhar com velhos sistemas etruscos e gregos ainda durante a Idade Média.

 

Da mesma forma, com o progressivo desenvolvimento industrial, os revestimentos cerâmicos para utilização em paredes e pisos deixaram de ser privilégio dos recintos religiosos e dos palácios, tornando-se acessíveis a todas as classes sociais. Eles trouxeram para as paredes externas das casas o colorido e o luxo das paredes internas. Deixaram de figurar apenas em obras monumentais e passaram também para as fachadas dos pequenos sobrados comerciais e residenciais e, até mesmo, de pequenas casas térreas.

 

Texto extraído do site.

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